Como já mencionado em posts anteriores, os nutrientes de que o nosso organismo necessita para se manter vivo e saudável são obtidos da alimentação. Fica, pois, muito claro que quanto mais ricos em nutrientes – qualitativa e quantitativamente – forem os alimentos ingeridos, maiores são as probabilidades de que todos os nossos órgãos exerçam integralmente suas funções e, por conseguinte, os sistemas por eles formados atuem em equilíbrio e harmonia. Isso significa, em última análise, uma vida com mais energia e disposição, menos estresse, memória perfeita, enfim uma saúde plena.
Mas, de que forma o organismo extrai os nutrientes da alimentação e os entrega às usinas produtoras de energia e de outras moléculas responsáveis pela nossa sobrevivência? Para essa fantástica missão, todos os seres do reino animal dispõem de um complexo sistema, denominado SISTEMA DIGESTÓRIO, com variações entre as espécies, mas funcionalmente semelhantes. No Homem, esse sistema é formado por um longo tubo musculoso – por onde transitam os alimentos em suas diversas fases do processamento – ao qual estão ligados diversos órgãos, cada um deles executando tarefas próprias para disponibilizar na corrente sanguínea o combustível da vida – os nutrientes.
De certa forma, o SISTEMA DIGESTÓRIO é muito parecido com uma Usina de Mineração, onde o minério bruto passa por várias etapas de fragmentação (quebra em partes menores), depois unidades de lavagem e redução, até chegar ao metal puro. No nosso caso, o metal é o nutriente em sua forma utilizável, ou seja, pronto para o consumo.
No SISTEMA DIGESTÓRIO as unidades de beneficiamento dos alimentos são: a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e as glândulas anexas (glândulas salivares, fígado e pâncreas).
Ainda para ficar na analogia com a mineradora, podemos considerar a boca como sendo o primeiro britador, pois ali ocorrem as quebras iniciais dos alimentos. A faringe e o esôfago são as correias transportadoras que levam o minério (alimento) para a segunda estação de britagem, no nosso caso, o estômago, onde, por ação de diversas enzimas, em um meio bastante ácido, as proteínas e as gorduras (em menor escala), são reduzidas a seus monômeros.
A unidade seguinte, o intestino delgado, é responsável pela última fragmentação dos alimentos, especialmente em sua primeira parte, o duodeno, e pela absorção da maior parte dos nutrientes. Já o intestino grosso é uma unidade de filtragem, absorvendo a água, algumas vitaminas e minerais e, ainda, promovendo a retirada de resíduos não aproveitados no processo, da mesma forma que na mineração tudo o que não for o objetivo final (o metal) é descartado.
Esse sistema é fundamental para a manutenção da saúde do organismo. Se qualquer uma das unidades não estiver funcionando perfeitamente, seja por qualquer motivo, todo o conjunto ficará prejudicado e não cumprirá com sua função primordial de prover o restante do corpo de seu combustível vital: os nutrientes.
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